Jogo de cintura para ser uma "tentante" feliz

E como se  já não bastasse toda minha vontade de ser mãe, ainda tenho que lidar com a expectativa de toda platéia de mãe, tias, amigas, sogras... é bem difícil!
É preciso ter muito jogo de cintura para ser uma "tentante" feliz! Descobri o termo tentante desde a criação deste blog! Me senti ótima porque antes não estávamos em nenhuma categoria do tema maternidade, e, durante minhas pesquisas, encontrei um blog que tinha o tópico maternidade subdividido em tópicos: mãe, gravidez e tentante!!! Poxa, fiquei muito empolgada de ter um espaço dentro do tópico maternidade especialmente para nós! Ou seja, saímos do limbo! E desde então, tenho usado muito este termo. Bem, e como eu ia dizendo, ser uma tentante feliz não é fácil! A situação já não é bacana, mas não podemos ficar melancólicas! Nenhum marido merece uma mulher melancólica, e muito menos o filho!!! E então, só nos resta rir um pouco... Ou melhor, tentar pelo menos!!! Sair pela tangente com as perguntas "Quando vão ter o bebê de vocês?", "Tá na hora de terem um bebê"... "Pois é, a gente tá pensando aí...", ou, "Estamos planejando mais pra frente", "É, estamos nos programando direitinho...".
Como se filho só precisasse de uma programação, não é mesmo? Aqui estamos nós provando que não basta programar! É quase igual casamento: quem disse que somos nós quem escolhemos o dia em que encontramos o homem certo pra casar??? Naquelas brincadeiras de criança em que escolhíamos a idade de casar, só saia, 23, 24, 25... Eu com essa idade ainda estava mudando de cidade!!! A gente não manda em nosso destino, a gente dá as diretrizes para nossos planos acontecerem, mas não é uma equação exata!
Já me disseram "Humm, você está com uma cara de grávida...". Poxa, como a gente se sai dessa? Minha vontade era de dizer "É mesmo? Você acha? Ai, meu Deus... Será???"... Mas não, né? "Tá maluco? Tô nada! Tá me chamando de gorda?"
Já até pegaram na minha barriga uma vez "Hum... E quando vem o de vocês, hein?". Aquilo foi estranho. Não tinha nada na minha barriga! Não bastava só falar? Precisava pegar na minha barriga vazia?
A gente nega por fora, e se pergunta por dentro. Porque afinal de contas, tudo pode ser um sinal.
E tem as conversas das nossas amigas mães também... Adoro ouvir e tal. Esse tal não precisava ser escrito, bastava apenas "adoro ouvir". O que mais posso fazer além de ouvir? Falar? Falar o que? Falar da minha última menstruação, que estou no período fértil, que vou ovular na próxima semana? Não tem espaço pra mim nessas conversas. Fico só ouvindo, prestando atenção, aprendendo... E só. Qualquer dia, participo. E aí, vou ver alguém de fora. Vou lembrar de mim, com certeza. E vou lembrar que a vida é assim. Cada um tem o seu momento. O meu é esse. De ser uma tentante feliz!