sábado, 4 de agosto de 2012

"Pelos olhos de uma criança "

Já divaguei diversas vezes sobre os bebês e as crianças... Desde adolescente, quando eu pensava em escrever um livro, eu fiz um capítulo que era falando sobre eles! E veja como eles são mesmo intrigantes: olhe sua foto de bebê... você se reconhece? você sabe o que você estava pensando naquela hora? Pois é! Não! Parece que lembrar de quando éramos muitos pequenos, é praticamente impossível! O que nos vem são alguns "flashs" de alguns momentos... É como se fosse outra vida...
A gente não se lembra porque ainda não temos consciência exata das coisas, pois acabamos de nascer e estamos apenas começando a aprender. Os bebês são seres sinceros, puros, espontâneos... Ainda não desenvolveram o tal "ego" que a psicologia explica como algo que traz o raciocínio. Só querem satisfazer suas vontades e necessidades... Gostam de estar confortáveis. Se algo os incomoda, reclamam. Gostam de gente que dá carinho, amor... Gostam de gente que os fazem rir, que dão comida quando estão com fome, que os levam para um lugar calmo e tranquilo quando estão com sono, que aliviam suas dores... É a única fase totalmente pura de todo ser humano. Por isso amo todos os bebês...
Nós, adultos, tentamos proteger a saúde do bebê, tentamos fazê-los sorrir, damos carinho...e tentamos protegê-los das maldades do mundo! E mesmo quando eles vão crescendo, esses cuidados continuam. Tentamos mostrar o melhor lado do mundo, as coisas mais bonitas, mais saudáveis, e colocá-los perto das melhores pessoas... O mundo da criança é quase todo preenchido de alegrias e coisas boas. Quando temos que dizer um não e as deixamos tristes, logo tentamos compensá-las com alguma outra alegria. Não existem crianças más, são simplesmente crianças! É por isso que precisamos amar todas as crianças.
Crianças são ingênuas, puras, sinceras e espontâneas até quando vão perdendo estas qualidades e deixando de ser crianças. São mundos separados. Não pode haver maldade no mundo das crianças. As crianças brincam, dão risadas e são felizes! As crianças não enxergam maldade. Elas apenas aprendem as coisas do mundo que está sendo apresentado à elas...  Se apresentar-lhes um mundo mau, como algumas crianças, que infelizmente, crescem no mundo da marginalidade, do crime, das drogas... aquele será o mundo dela. Ela não tem consciência como nós temos. Elas apenas são inteligentes, e aprendem e reproduzem o que lhes é ensinado, ou o que lhes é mostrado. Elas não tem a capacidade de reflexão sobre o assunto, não tem parâmetros como os seus ou os meus... Pra mim, é assim: eles nascem puros (neutros) e os pais, familiares, o mundo e todo o contexto daquela criança os formará. Mas eu costumo dizer, quando eu vejo uma criança assaltando ou coisas do tipo, que elas não são mais crianças... Já apresentaram pra elas o mundo da maldade, um mundo impuro... Um mundo que só deve nos ser apresentados quando crescemos, pois já temos consciência das coisas. Estas crianças perderam a oportunidade de serem crianças...
Eu acho que ver a maldade do mundo adulto nos deixa mais desconfiado das pessoas e de suas atitudes porque já conhecemos do que elas são capazes. E assim, deixamos de ser ingênuos. Começar a ver a realidade do mundo é o que nos faz crescer... Por isso, acho que são mundos separados o das crianças e o dos adultos. Separados pela conciencia da maldade. Por isso a memória bloqueia o mundo das crianças. Nem a nossa memória pode trazer coisas tão lindas para um mundo impuro como o mundo dos adultos. A consciência que um adulto possui não os torna pessoas ruins, é claro, mas é exatamente essa maneira mágica e pura de uma criança ver as coisas que as torna tão especiais...

3 comentários:

  1. Ahhh amiga, adorei essa postagem!
    Queria muito ter a inocência que eu tinha quando era criança....

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    1. Ah, que bom!!! Eu também tenho saudade dessa inocência...

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  2. Que bacana esse texto! :) Também acredito que as crianças seguem exemplos, elas se inspiram nas atitudes dos adultos que as rodeiam. Tem gente que espera que o filho seja generoso, carinhoso e educado, sem que a criança nunca tenha visto os pais dando um bom dia sequer para alguém.

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