Eu a seguia no instagram com o perfil @emagrecerparaengravidar até que um belo dia vi um perfil que eu estava seguindo e eu desconhecia @faby_mamaedegemeos Quando fui olhar melhor, não acreditei!!!! Era ela, a mesma Faby do @emagrecerparaengravidar !!! Mandei um e-mail pra ela e agora segue sua estória! Espero que gostem... Eu amei! :)
"Meu nome é Fabiana, sou especialista em TI e tenho 33 anos.
Desde a minha primeira menstruação sinto cólicas fortíssimas.
Todos os anos eu fazia os meus exames de rotina e todos eram normais, nunca tive nenhuma alteração e em nenhum exame. Quando eu questionava os médicos sobre as minhas dores, muitas vezes incapacitantes, eles sempre me falavam que era normal, que depois que eu tivesse filhos essas dores passariam.
Os anos foram passando, as dores continuaram e todos os meses era um tormento, vivia a base de remédios, que sempre paravam de fazer efeito e eu sempre tinha que mudar de medicação.
Nunca faltei no meu trabalho por causa de cólicas, ia trabalhar mesmo com uma dor absurda. Foi assim que em meados de agosto de 2012, faltando uma semana para o meu casamento, eu desmaiei de dor no meu trabalho.
Me levaram para o pronto socorro e chamaram meu marido, na época noivo.
Já no hospital, meu marido chamou o médico plantonista e disse que não era normal eu desmaiar de dor, que todos os meses eu ficava muito mal e etc etc...
O medico disse para ele: “Investiguem endometriose”.
Sai do hospital me sentindo melhor, na semana seguinte me casei e fomos viajar.
Ao voltar da lua de mel, a mesma coisa.... meu marido teve que me levar de madrugada para o hospital, eu não conseguia ficar de pé, de tanta dor que eu sentia.
Nessa época, além das cólicas menstruais, eu sentia dores intestinais como se fossem facadas e sempre que estava menstruada eu tinha uma urgência muito grande para urinar, não conseguia segurar o xixi e tinha que sair correndo para o banheiro. Ahhh e comecei a sentir tb dores durante a relação sexual.
Eu jamais associei esses sintomas a nada relacionado ao período menstrual.
Após os dois episódios meu marido me levou em um especialista, Dr Mauricio Abrao. Já na consulta o Dr. fez um exame de toque e eu gritei de dor, ali ele me disse: “Acabei de encostar na sua endometriose”.
Me pediu uma Ressonancia Magnetica e um ultrassom com preparo intestinal para avaliarmos todos os focos que eu tinha.
Quando os resultados saíram, entrei em desespero. Endometriose profunda, grau IV, com acometimento de bexiga, intestino, ovários, atrás do útero, apêndice e ureteres, quase chegando nos meus rins!
Neste momento o médico nos explicou que a situação era grave, que eu teria que fazer uma cirurgia de grande porte, onde teriam que participar, além dele, ginecologista, um proctologista e um urologista.
Mas uma coisa preocupou o médico. Os meus dois ovários estavam com grandes cistos, endometriomas e ao retirá-los eu poderia perder a minha reserva ovariana e assim não teria filhos. Eu já havia feito um exame que se chama Anti-Mulleriano, que já indicava uma baixa reserva.
Pensando nessa possibilidade, antes de fazer a cirurgia, o medico nos orientou a fazer uma Fertilização in vitro e congelar os embriões.
Dezembro de 2012 foi minha primeira tentativa de FIV, sem sucesso. Tive apenas 1 óvulo, que não fertilizou.
O sofrimento foi absurdo neste momento. E agora? Vou ter que fazer a cirurgia, e se perder meus ovários? E o meu sonho de ser mãe?
Não havia o que fazer. Em janeiro de 2013 encarei a cirurgia. Tive que retirar um pedaço do intestino, um pedaço da bexiga, o apêndice e todos os focos da doença. Quando acordei da anestesia e já estava no quarto, fiquei com muito medo de perguntar para o meu marido o que tinha acontecido. Foi aí que ele me disse: “Amor, o Dr preservou todos os seus órgãos!”
Eu gritei de felicidade!
Fiquei sete dias internada e enfrentei o pós operatório que foi muito difícil.
Em Setembro de 2013, fiz minha primeira tentativa de inseminação. Estávamos tão empolgados com aquela possibilidade.... NEGATIVO.
Resolvemos viajar para “esfriar a cabeça”.
Dezembro de 2013, resolvemos encarar mais uma FIV. No dia do Natal, nosso maior presente! POSITIVO! Que felicidade! Eu era a pessoa mais feliz desse mundo!
Fui gravida por 1 mês e a angustia com o diagnostico tomava conta de mim. Tive uma gravidez heterotopica, situação rara em que um embrião gruda no útero e o outro na trompa. Enfim, gravidez não evoluiu.
Pensei que eu fosse morrer naquele momento. Briguei com Deus e me fechei no meu mundinho.
Contamos para todo mundo que eu estava gravida e ter que contar que a gravidez não evoluiu acabou comigo.
Após o aborto começamos a investigar as causas e descobri que eu tenho Trombofilia, o que causa abortos.
Março de 2014 e minha terceira tentativa de fertilização in vitro. Dois dias antes do beta, menstruei. Deus? Como assim? De novo? E eu estava tomando injeções diariamente para a trombifilia, achei que dessa vez daria certo. No momento do meu desespero, eu pedi perdão a Deus por ter brigado com Ele e fiz as pazes. No dia do beta: POSITIVO.
Ficamos felizes! Dois dias pós repeti o beta e o valor dobrou, dois dias depois, dobrou de novo! Eba!
Uma semana depois começou a cair e mais um aborto. Dessa vez o aborto natural demorou 40 dias para acontecer e aconteceu no dia das mães!
Aceitei! Era aquilo que Deus tinha programado para mim. Não era minha hora de ser mãe.
Desde o dia que fiz as pazes com Deus, entreguei a minha vida. Eu aceitaria o que ele colocasse na minha vida e assim eu fiz.
Julho de 2014 minha quarta tentativa de FIV. Dessa vez o tratamento já começou dando errado, tive que iniciar com um cisto no ovário que não sumia de jeito nenhum e devido aos hormônios, eu já tinha dois novos endometriomas. Confesso que eu não estava animada. No meio do caminho mais uma má notícia, os ovários não estavam respondendo bem, meus folículos não cresciam como deveriam, tive que tomar uma dose muito grande de hormônios.
Essa tentativa tinha tudo para dar errado, mas não deu!
Sete dias após a implantação dos embriões fiz um teste de farmácia e a segunda linha estava lá, muito forte!
No dia do beta um valor absurdo, 1259 no D12. Eu pesquisava na internet e o valor alto fazia referencia a trigêmeos! Meu Deus!
Não sei explicar o tamanho da felicidade!
Alguns dias depois nosso primeiro ultrassom e lá estavam, meus dois embriões, grudadinhos no meu útero! GÊMEOS!
Com seis semanas de gestação ouvimos seus corações!
Com nove semanas vimos pela primeira vez seus bracinhos e perninhas e ouvimos do médico: “Vc não corre mais riscos de aborto!”
Deus! Obrigada!
Com doze semanas descobrimos que estamos grávidos de um casal!
Deus? Que capricho!
E hoje estamos quase fechando o quarto mês de gestação.
A felicidade é inexplicável!
No meu corpo batem 3 corações!
Estou realizada!
Gabriel e Mariana nascerão em abril de 2015.
A mamãe aqui esqueceu todas as dores e todos os sofrimentos, agora só existe alegria em nossas vidas!
Faby"
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